As eleições norte-americanas são um espectáculo
divertido. Soa o toque da alvorada – começa a campanha do sistema bipartidário
único. A sociedade americana unida divide-se num folclore democrata e
republicano, Mas não são os democratas republicanos? Não são os republicanos
democratas? A trama desenvolve-se pelos temas fraturantes: sistema de saúde
pública e universal ou público-privado? E as pessoas mobilizam-se! Os prós e os
contras, manifestações conservadoras, o futuro dos jovens americanos em jogo… As
hostes demarcam-se: entertainers, desportistas,
desenhos animados, atrizes porno… Republicanos ou Democratas!
As deliciosas investigações e revisionismos sobre o
passado de cada candidato, as confrontações televisivas com os respectivos
gráficos e análises a anunciar o vencedor do debate….
Surgem, finalmente, as discussões sobre política
internacional como se o mundo fosse uma extensão periférica e animosa ao
sagrado território americano, quem tem mais cicatrizes de guerra, etc, etc, etc…
Acaba-se a campanha, chega o dia das eleições e os
candidatos, apoiados pelos respectivos lobbys, fazem uma última chamada de
consciência aos eleitores.
Anuncia-se o vencedor e todos ficam satisfeitos,
pois todos viram o seu candidato ser eleito.
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